Motoristas de ônibus desempenharam papel de ciclistas durante o evento.
Orientados por agentes de fiscalização e instrutores de trânsito, em um ambiente especialmente preparado e protegido, condutores e pedestres da Capital vivenciaram, na tarde deste sábado, 24, um verdadeiro laboratório de situações mais comuns de riscos de acidentes de trânsito, como o perigo de dirigir e usar o celular; ingerir álcool e dirigir ou mesmo caminhar. Estas duas últimas situações foram proporcionadas pelo uso de um óculos de alta tecnologia, que simula sensações no comportamento humano semelhantes às causadas pelo consumo de bebida alcóolica e de drogas ilícitas. A oportunidade aconteceu no evento da prefeitura, “Circuito Urbano”, criado pela EPTC, no estacionamento da empresa, próximo do estádio Beira-Rio, iniciativa inserida na programação do Dia Mundial de Vítimas no Trânsito, com o objetivo da formação de uma cultura de maior respeito às leis do trânsito e mais segurança na circulação. O evento contou, também, com vistorias gratuitas em carros particulares e em veículos escolares, com orientações técnicas aos condutores, e também aos pais de alunos, para uma circulação mais protegida; orientações sobre o uso adequado de películas nos vidros dos veículos para evitar riscos de acidentes e de autuações de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB); medição de ruído dos motores dos veículos e testes com etilômetro, com explicações sobre o funcionamento do equipamento utilizado para impedir a circulação de pessoas que ingeriram bebida alcóolica. No espaço do evento foi proporcionado, igualmente, um local para debates com dicas sobre educação para o trânsito; um circuito de bike para crianças; e criadas situações nas quais condutores de ônibus desempenhavam o papel de ciclistas, como forma de alertar para a necessidade de uma direção com menos riscos à circulação dos ciclistas no dia a dia das ruas, com respeito à distância mínima de 1,5m. – A experiência de usar óculos de alta tecnologia, que simula o comportamento das pessoas a partir do uso de álcool e drogas ilícitas, com graves riscos de acidentes, envolvendo condutores e igualmente os pedestres, atraiu a atenção dos frequentadores do evento. O instrutor de trânsito da Centauro, Luciano do Amaral, 13 anos de profissão, usou o óculos especial na condição de pedestre. E também acompanhou motoristas que percorreram o circuito de 300m enquanto usavam o celular: “Fiz questão de participar nas duas atividades. Sobre o manuseio do celular ao volante, é o que a gente vê diariamente nas ruas. Distrai mesmo, atrasa o trânsito, causa acidentes. Em relação à questão do álcool, certamente quem consome e dirige fica sem noção da realidade, pode causar graves acidentes. Parabéns à iniciativa da EPTC por este evento educativo”. Kátia Henriques, condutora de transporte escolar, participou no teste da combinação celular e direção: “Dei duas voltas na pista. Na primeira, manuseando o celular, certamente cometi irregularidades, como o desrespeito à faixa de pedestres. Na segunda passagem pela pista, sem o celular, foi tudo tranquilo. Pessoalmente nunca uso o celular enquanto dirijo. Ainda mais na minha profissão. Distrai mesmo, causa riscos. Infelizmente muitas pessoas têm este hábito”. Estudante de jornalismo da Uniritter, Bruno Bertoni usou o óculos que simula a sensação de quem consumiu bebida alcóolica. E ficou impressionado com o resultado do seu teste na pista como motorista: “Incrível, mas nem me dei conta da faixa de segurança. E certamente ultrapassei a velocidade de 30 km/h, de acordo com as placas”. O agente Diego Marques, da Coordenação de Educação para a Mobilidade da EPTC (CEM), acompanhou de perto os testes de álcool e direção: “Comprovamos hoje, aqui, na prática, os perigos do celular ao volante. E mesmo sobre a questão do álcool e drogas. As pesquisas apontam que morrem cerca de 150 pessoas por dia no país em razão do uso do celular na circulação, 54 mil por ano, sendo a terceira maior razão de vítimas fatais no nosso trânsito. As campanhas educativas da EPTC são permanentes neste sentido, sem falar sobre a nossa fiscalização, sempre presente e atenta pela segurança das pessoas”. Sobre a questão das drogas ilícitas, Vitor Hugo L. Gomes, gerente nacional da Labet, lembrou sobre a importância da realização dos exames toxicológicos pelos condutores: “Parabenizo a Prefeitura de Porto Alegre por ser pioneira no país nesta exigência junto aos taxistas. É um ganho de qualidade de vida para os próprios condutores, com muito mais segurança na prestação do serviço junto à população. Todos saem ganhando com isto, certamente com redução de acidentes na circulação”. Édson Cunha, vice-presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), achou a iniciativa muito positiva para estimular condutores e pedestres na construção de um comportamento mais seguro no trânsito: “Foi um evento que mereceu todo o nosso apoio, com a apresentação de situações de alerta em relação a comportamentos que só trazem riscos de acidentalidade”. O diretor administrativo financeiro do Detran, Rodrigo Chies, igualmente parabenizou a EPTC pelo evento: “Detran e EPTC são parceiros no dia a dia pelo trânsito seguro. O Circuito Urbano representou mais uma ação educativa em busca de uma circulação mais consciente, de alertar a população sobre os riscos de acidentes”. Marcelo Soletti, diretor-presidente da EPTC, afirmou que o evento atingiu os objetivos propostos, na missão de conscientizar, condutores e pedestres, para uma cultura de maior respeito entre as pessoas: “Cuidados com a manutenção dos veículos, respeitar a sinalização nas vias e estradas, não cometer excesso de velocidade, não beber e dirigir, sem o uso de celular ao volante, são atitudes fundamentais para um trânsito mais consciente e seguro. Precisamos reduzir, cada vez mais, o número de acidentes, mortes e feridos no trânsito. É a missão do poder público, e de toda a nossa sociedade”. Apoiadores do evento: Detran, Cetran, Centauro centro de formação de condutores, Ciclerama, Labet Exames Toxicológicos, Corpa, Bang Impressoes, Copy Star, Sanitários Toalete, RPC e SindicfcRS.
Texto de: Gabriela Duarte
Edição de: Gilmar Martins
Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre