As faixas exclusivas para ônibus oferecem aos usuários do transporte coletivo conforto, segurança e rapidez durante as viagens. É o que defendem os motoristas de ônibus, que citam o alívio de não ter que enfrentar um trânsito caótico, disputando espaço com os carros de passeio para transportar a maioria da população. Apesar das faixas exclusivas serem aprovadas em todas as partes do país, uma boa parte dos condutores de carros particulares não respeita a via e invade o espaço destinado aos ônibus, levando problemas para a mobilidade urbana. O Sindicato dos Trabalhadores de Transporte de Rodoviário de Sergipe (Sintra), já se manifestou a favor das faixas exclusivas.
O presidente da entidade, Miguel Belarmino, disse que se mobilizar a favor das faixas é se colocar do lado da população e garantir benefícios ao trabalhador. “O Sintra é a favor das faixas e entende que essas vias oferecem benefícios tanto aos motoristas quanto aos usuários. Reduz o tempo de viagem, o que facilita o trabalho do motorista de ônibus, que passa a não disputar espaço com os veículos particulares. “É importante lembrar que o transporte coletivo leva a maioria da população”, disse Belarmino. Ele questionou a posição do Ministério Público de não apoiar as faixas como oficiais, algo que leva somente o bem a todos.
Em Aracaju, a quantidade de carros particulares é expressiva e supera, em muito, o que ocupa nas vias a frota de ônibus que transporta 70% das pessoas na cidade. A média é de 40 carros, com 1,4 pessoas cada, para um ônibus com 50 pessoas. O motorista Givaldo Ribeiro que opera na linha 040, fazendo o percurso Marcos Freire II – DIA, disse que as faixas exclusivas são de grande importância, principalmente para quem está guiando. Ele observou que o tempo de viagem diminuiu muito com as faixas, e observou que se os carros pequenos respeitassem o espaço destinado aos ônibus seria muito melhor.
“Nós ganhamos mais de 20 minutos no tempo de viagem quando utilizamos a faixa. O percurso fica mais rápido e menos estressante. Tudo melhora. O que gostaríamos é que houvesse respeito a essas vias destinadas aos ônibus. O que não acontece”, reclamou o motorista.
Ele relata ainda que em horários de pico, se as faixas fossem realmente livres e respeitadas, o trânsito fluiria bem melhor, evitando maiores problemas, e os usuários ficariam também satisfeitos. Ele disse que no trecho próximo à Rodoviária Nova, na Avenida Tancredo Neves, os carros costumam invadir a faixa levando dificuldades para os ônibus.
APROVADAS Para Jairo Passos Oliveira, que trabalha na Atalaia e mora no Marcos Freire, o tempo de viagem é muito importante. Ele disse que, com as faixas exclusivas, sua vida ficou mais fácil e passou a chegar mais cedo ao trabalho. “Quando a via exclusiva está livre, o ônibus flui rápido e chego ao trabalho sem maiores problemas.
Para mim é muito importante chegar cedo ao trabalho. Com as faixas os ônibus são rápidos e conseguimos chegar em um bom horário”, disse Jairo. Ele lamentou que as faixas não sejam encaradas como uma grande solução para evitar os engarrafamentos diários na capital.
“As faixas estão aprovadas! Eu acho que foi a melhor coisa que já se fez para melhorar o trânsito em Aracaju.
Esse é um problema antigo. A cidade tem carros em excesso e não consegue suportar o fluxo de veículos. Os ônibus que transportam a maioria da população, ficam sem espaço para fluir com rapidez.
As faixas têm de ser respeitadas e quem não cumprir deve ser multado”, disse Márcio Lima. Ele mora no Santos Dumont e trabalha nas imediações do terminal DIA, e faz todos os dias o mesmo trajeto.
Com a faixa exclusiva, as viagens tiveram seu tempo reduzido.
Thiago Moura disse que as faixas são de grande importância para que o trânsito passe a fluir melhor. Para ele as vias melhoram bastante o trânsito, evitando os engarrafamentos. “Eu atrasava muito quando não havia faixas e os ônibus seriam bem mais rápidos se as faixas fossem respeitadas.
O que é preciso para ficar ainda melhor é que os infratores sejam multados. As faixas evitam que o ônibus transite em meio a engarrafamentos, dificultando a vida dos trabalhadores”, observou o usuário. Ele disse, ainda, que Aracaju precisa ser como as grandes capitais, onde o transporte público é encarado como prioridade. “É preciso entender que ônibus é principalmente para os mais carentes, que são a maioria”, desabafou Thiago.
Fonte: CINFORM – SE